Havia um monge que reunia seus discípulos e os convidava
a subir com ele até o alto de uma montanha para rezarem juntos. Fazia isso
todos os dias.
Perto dali, logo abaixo, havia um rio com águas puras e cristalinas. Certa vez,
um dos discípulos perguntou ao monge:
- Mestre, por que oramos todos os dias, se não conseguimos gravar as palavras
em nossas mentes? Pouco me lembro do que oraamos ontem e já nem sei o que
falamos há dez dias...
O monge, com a calma e a serenidade que são típicas dessas pessoas, pegou um cesto de bambu, que estava próximo dali, e o deu ao discípulo dizendo:
- Filho, vá até aquele rio e traga este cesto cheio d'água para mim.
(Todos nós sabemos que um cesto de bambu não pode reter a água).
O discípulo lá se foi... Ao voltar, com o cesto vazio, embora ainda molhado, o monge lhe perguntou o que ele havia concluído. E o discípulo respondeu:
- Mestre, um cesto de bambu não pode reter a água, porque ela escapa pelos furos...
- Só isso? - insistiu o monge - Então vá novamente ao rio e traga o cesto com mais água.
E o discípulo foi novamente... Ao voltar, o monge lhe perguntou o que ele tinha concluído e a resposta foi a mesma.
O monge pediu novamente para que ele repetisse a operação... E fez isso várias vezes... Depois de várias idas e vindas, finalmente o discípulo concluiu:
- Mestre, agora percebo uma diferença: o cesto está mais LIMPO do que antes!
Satisfeito com a conclusão, o monge acrescentou:
- Exatamente! O mesmo acontece conosco, quando rezamos. Muitas vezes esquecemos as palavras, mas com certeza ficamos mais 'limpos' e o nosso espírito é purificado a cada oração. Deus sempre nos dá conforto em meio à tristeza, paz em meio à tempestade, estabilidade em meio às mudanças, perdão em meio ao pecado e amor em meio ao ódio. Através da oração, nós nos fazemos DISPONÍVEIS PARA DEUS.
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