O monge zen todas as manhãs praticava seu tai chi chuan
e, após, atendia aos clamores de quem vinha lhe pedir socorro. A menina
assustada rogava ajuda para os pais que brigavam. “Tome esta vara e bata neles
quando começarem a brigar”.
A jovem apaixonada e desprezada, caindo em lágrimas,
pedia um lenitivo. “Tome esta vara e bata nele”.
O homem que já não aguentava os credores batendo em sua
porta e exigindo o pagamento das dívidas pedia uma solução. “Tome esta vara e
bata neles”.
A mulher que tinha um filho ladrão, dizia já não saber o
que fazer. “Tome esta vara e bata nele”.
Nenhum deles contestou a orientação. Até que chegou um
jovem, dizendo que queria ser monge. “Tome esta vara e bata em mim”.
O jovem depositou a vara no chão, deu as costas,
dispondo-se a seguir seu caminho, quando escutou: “Está aprovado, pode entrar”.
Nem tudo que nos aconselham é prudente seguir. Há casos
em que devemos proceder exatamente ao contrário do que nos dizem. Sua mente
passa a ser soberana, quando aprende a decidir por si mesma. Se tiver que ouvir
uma opinião, ouça dez opiniões diferentes e depois vá refletir. Ouvir não
significa obedecer ou seguir, mas ponderar, ajuizar e encontrar a sua própria
maneira de ser, estar e acontecer.
(Nilsa Alarcon e J. C. Alarcon, extraído do livro ainda
em edição “A Moringa Mágica”).
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