Conta-se que uma serpente, ao ver um vagalume passar
brilhando, começou a persegui-lo. O vagalume escapava, mas ela não desistia, e
isto foi assim por dois dias seguidos. No terceiro dia, já exausto, o vagalume
parou e perguntou à cobra:
- Espera. Antes de me devorar eu posso te fazer três
perguntas?
- Sim.
- Pertenço à tua cadeia alimentar?
- Não.
- Eu te fiz algum mal?
- Não.
- Então, por que queres acabar comigo?
A serpente respondeu:
- Porque não suporto te ver brilhar...
Este conto, bem antigo e difundido, é mais profundo do
que se pensa. O curioso é que ele figura em inúmeros sites e blogs, e em quase
todos, no final, há uma advertência para ficarmos em alerta e escolhermos bem
nossas amizades (para não sermos vítimas de alguma serpente). E não vi em
nenhum deles o conselho de procurar a serpente dentro de nós mesmos...
Fugir do veneno alheio é infinitamente mais fácil do que
identificar o próprio veneno...
Ver em si mesmo a cobra e cortar sua cabeça é o verdadeiro
trabalho. Trabalho do qual fugimos, porque nos julgamos santos e estiramos o
dedo para o veneno do outro. Quanto mais fazemos isto, mais nos distanciamos da
nossa essência e da nossa luz.
Pense nisso! E brilhe muito!
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